Na minha terra há um rio
Que nunca vai ter ao mar
Trago-o dentro do meu peito
O meu corpo é o seu leito
Onde ele se pode espraiar.
Na minha terra há um pranto
Duma mãe que não secou
Escorre nas minhas veias
Como o mar por entre areias
Que o Oceano afundou.
Na minha terra há um porto
Com barcos por atracar
As amarras trago-as eu
No destino que me deu
Outro porto para embarcar.
Na minha terra há um mundo
Diferente deste onde estou.
Mas não o trago comigo
Ficou para meu castigo
No canto do ossobô*
*passaro que anuncia a chuva
Maria Olinda Beja (São Tomé)
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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