Maria
Nascida no monte
À beira da estrada
Maria
Bebida na fonte
Nas ervas criada
Talvez
Que Maria se espante
De ser tão louvada
Mas não
Quem por ela se prende
De a ver tão prendada
Maria
Nascida do trevo
Criada na trigo
Quem dera
Maria que o trevo
Casara comigo
Prouvera
A Maria sem medo
Crer no que lhe digo
Maria
Nascida no trevo
Beiral do mendigo
Maria
Nascida no trevo
Beiral do mendigo
Maria
De todas primeira
De todas menina
Maria
Soubera a cigana
Ler a tua sina
Não sei
Se deveras se engana
Quem demais se afina
Maria
Sol da madrugada
Flor de tangerina
Maria
Sol de madrugada
Flor de tangerina
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Letra e música de Zeca Afonso
Tema de 1964,
dedicado a Zélia, sua segunda mulher.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Vidro côncavo
Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia,
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
Vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais.
António Gedeão
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia,
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
Vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais.
António Gedeão
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