quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O que une a fidelidade à paixão é uma luz invisível
no centro de um rosto, filigranas, telas de uma memoria

difícil. O que une a fidelidade à fidelidade da

paixão é o limite em que se adormece. Mas não

se desperta dessa luz. Se me prendes, eu fujo no

mar, corro nas falésias, nos perigos da morte e do entardecer.
Se eu te prendo, morro repentinamente

sem dizer toda a verdade sobre o que o mar oculta.

Francisco José Viegas

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