Fui à Feira da Ladra, a mais bizarra
Das feiras com a marca do passado,
E vi num ferro-velho uma guitarra
De tampo, sujo, negro, desgrudado.
No fundo uma etiqueta já sem cor
Ocultava um retrato que ficou
E que era de um famoso tocador
Que a morte há muitos anos já levou.
Quatro cordas em rugas de cantigas
Se mais nada fizessem recordar,
Lembravam quatro décimas antigas
À volta de uma quadra popular.
Comprei aquela jóia que se encuadra
Em tudo o que são velhas raridades,
Inda é preciso haver Feira da Ladra
P’ra nos mostrar o preço das saudades.
Autores: Carlos Conde/Fado Zé Grande
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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