Rasgões em ameaça à coesão da cal, as plantas invasoras, vingativas, rejeitadas pela placidez dos bosques, as cores decadentes, tumulares, o sossobrar do prumo nas empenas, a desistência da onda nos beirais.
Há quem diga assim a casa velha.
A porta só no trinco, em alarde vermelho, as trepadeiras vivas abraçando a cal, em cada telha um ninho ou uma espera, um sossego, um tempo livre de traições ou abandonos. A respiração dos passos na soleira, o calor no inverno, o amor de quem partiu e a paz que se aprendeu.
Há quem diga assim a casa velha.
Licinia Quitério
terça-feira, 19 de maio de 2009
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É mesmo um belo lugar para passar as horas em companhia dos poetas e dos poemas escolhidos por mãos habilidosas. Lindos poemas. Abraços. Domingos.
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