segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Vidro côncavo

Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia,
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
Vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais.

António Gedeão

Sem comentários:

Enviar um comentário

Grato pela participação