Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia,
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
Vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais.
António Gedeão
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
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