sábado, 21 de março de 2009

DISSE-TE ADEUS, E MORRI (fado)

Disse-te adeus e morri

E o cais, vazio de ti,

Aceitou novas marés.

Gritos de búzios perdidos

Roubaram dos meus sentidos

A gaivota que tu és.



Gaivota de asas paradas

Que não sente as madrugadas

E acorda à noite a chorar,

Gaivota que faz o ninho

Porque perdeu o caminho

Onde aprendeu a sonhar.



Presa no ventre do mar

O meu triste respirar

Sofre a invenção das horas,

Pois na ausencia que deixaste,

Meu amor, como ficaste,

Meu amor, como demoras!






Autores: Vasco de Lima Couto/ José António Sabrosa

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